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Trump pedirá a Putin que pare com o "banho de sangue" no apelo pela paz na Ucrânia

Trump pedirá a Putin que pare com o "banho de sangue" no apelo pela paz na Ucrânia

LONDRES — O presidente Donald Trump deve falar com o presidente russo, Vladimir Putin, por volta das 10h (horário do leste dos EUA) na segunda-feira, enquanto a Casa Branca continua sua luta para pôr fim à invasão de Moscou à Ucrânia, que já dura três anos, após as negociações de paz da semana passada em Istambul, Turquia.

"Os assuntos da ligação serão: acabar com o 'banho de sangue' que está matando, em média, mais de 5.000 soldados russos e ucranianos por semana, e o comércio", escreveu Trump em uma publicação em seu site Truth Social no sábado.

"Depois, falarei com o presidente Zelenskyy, da Ucrânia, e depois, com o presidente Zelenskyy, com vários membros da OTAN", acrescentou Trump.

O contato direto renovado com Putin — o último telefonema direto de conhecimento público entre os dois presidentes ocorreu em fevereiro — ocorre depois que as esperanças de Trump de progresso nas negociações de paz em Istambul foram frustradas, já que Putin se recusou a comparecer apesar do convite do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.

As negociações de Istambul foram o primeiro encontro conhecido entre representantes de Moscou e Kiev desde a primavera de 2022, quando a cidade turca sediou a rodada final de negociações de paz malsucedidas para pôr fim à invasão russa em andamento.

Quando ficou claro que Putin não compareceria, Trump disse aos repórteres sobre o esforço de paz: "Nada vai acontecer até que Putin e eu nos reunamos, ok?"

Esta foto combinada mostra o presidente Donald Trump em 16 de maio de 2025, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, e o presidente russo Vladimir Putin no Kremlin em Moscou, em 10 de maio de 2025.

"E, obviamente, ele não iria", acrescentou Trump. "Ele ia, mas achou que eu iria. Ele não iria se eu não estivesse lá. E não acredito que nada vá acontecer, gostem vocês ou não, até que ele e eu nos reunamos, mas vamos ter que resolver isso, porque muita gente está morrendo."

As repetidas ameaças de Trump de novas sanções à Rússia não conseguiram até agora precipitar nenhuma mudança notável nos objetivos de guerra de Moscou — que, de acordo com declarações públicas de autoridades, ainda incluem a cessão de quatro regiões pela Ucrânia — que as forças russas não controlam totalmente — além da Crimeia, bem como um bloqueio permanente à adesão de Kiev à OTAN.

Putin disse no domingo que qualquer acordo de paz com a Ucrânia deveria "eliminar as causas que desencadearam esta crise" e "garantir a segurança da Rússia".

Kiev e seus apoiadores europeus continuam pressionando por um cessar-fogo completo de 30 dias, durante o qual, segundo eles, as negociações de paz podem ocorrer. Moscou se recusou a apoiar a proposta até o momento, sugerindo que toda a ajuda militar ocidental à Ucrânia teria que cessar como parte de qualquer cessar-fogo.

Os contatos entre autoridades americanas, russas e ucranianas continuaram após o término das negociações em Istambul. No sábado, o Secretário de Estado Marco Rubio conversou com o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, disse que Rubio acolheu com satisfação o acordo de troca de prisioneiros alcançado durante a reunião de Istambul e enfatizou o apelo de Trump por um cessar-fogo imediato.

O vice-presidente JD Vance também se encontrou com Zelenskyy no Vaticano no sábado, após a oferta do Papa Leão XIV de sediar uma reunião bilateral.

Após a reunião, Zelenskyy escreveu no X que havia "reafirmado que a Ucrânia está pronta para se envolver em diplomacia real e ressaltou a importância de um cessar-fogo total e incondicional o mais rápido possível".

"Também abordamos a necessidade de sanções contra a Rússia, o comércio bilateral, a cooperação em defesa, a situação no campo de batalha e a próxima troca de prisioneiros", continuou Zelensky. "É preciso pressionar a Rússia até que ela esteja ansiosa para interromper a guerra."

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, escreveu na segunda-feira no X que a reunião de Istambul destacou uma "diferença gritante" entre Moscou e Kiev. "A Ucrânia está voltada para o futuro, focada no cessar-fogo total e imediato para dar início ao verdadeiro processo de paz. Ao contrário, a Rússia está completamente focada no passado, rejeitando o cessar-fogo e, em vez disso, falando constantemente sobre as reuniões de Istambul de 2022, tentando fazer as mesmas exigências absurdas de três anos atrás."

"Esta é mais uma razão pela qual a pressão sobre a Rússia deve ser aumentada", acrescentou Sybiha. "Moscou precisa agora entender as consequências de impedir o processo de paz."

Enquanto isso, os ataques de longo alcance de ambos os lados continuaram. Na noite de domingo, chegando à manhã de segunda-feira, a Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou 112 drones contra o país, 76 dos quais foram abatidos ou bloqueados. Danos foram relatados em cinco regiões da Ucrânia, informou a Força Aérea em uma publicação no Telegram.

O Ministério da Defesa da Rússia disse na manhã de segunda-feira que suas forças derrubaram 35 drones ucranianos durante a noite.

Um soldado ucraniano carrega um morteiro em uma posição de linha de frente na região de Donetsk, na Ucrânia, em 16 de maio de 2025.
ABC News

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